“Como fui a primeira mulher motorista, precisei provar que não vim pra brinquedo…” Conheça a história da Lisiane, primeira motorista de caminhão da Cootracam!

Neste dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a Cootracam te convida a conhecer um pouco mais sobre a história da primeira mulher motorista de caminhão da Cooperativa!
 Um breve relato de superação, sonhos e muito respeito!

Lisiane da Rocha Carvalho, tem 42 anos; é mãe, avó, cooperada da Cootracam e motorista de caminhão! Mãe solo de duas filhas, pós passara por alguns problemas de saúde e complicações cirúrgicas, decidiu que nada ia barrar seu sonho de trabalhar como motorista !

Quando começou tua história neste ramo de transportes?

Sou filha de caminhoneiro, do Paulo Atlas, e a minha paixão por caminhão começou na infância, sempre quis trabalhar no caminhão, porém, fui mãe nova e não tive apoio da minha família no início. Eles tinham medo, queriam me proteger, já que naquela época este ambiente era mais hostil para as mulheres.

E quando resolvesse entrar para a Cootracam?

Há cinco anos,após um problema de saúde resolvi ir atrás do meu sonho, falei com meu pai, que já era Cooperado e conversamos com a diretoria da Cootracam que de imediato topou o desafio em ter uma mulher no quadro de motoristas.

Comecei em Dezembro de 2019 no caminhão do meu pai, trabalhei por um ano e 6 meses nesse caminhão fazendo somente o transporte interno, após esse período, também com a ajuda do meu pai, comprei o meu caminhão e comecei a atender o transporte rodoviário também.

E como foi este sentimento de estar atuando num ambiente, majoritariamente masculino?

No início fiquei tipo “cachorro acuado” (risos), mas como eu havia já passado por alguns problemas sérios de saúde sério, resolvi que nada iria me tirar do meu propósito de realizar o meu sonho. Como fui a primeira mulher motorista, precisei provar que não vim pra brinquedo e sim,  queria trabalhar… Graças a Deus tive mais ajuda do que problemas!

Quais teus planos para o futuro?

Hoje estou suplente da diretoria da Cootracam, não me vejo mais fora do ramo do transporte, inclusive, eu faço faculdade EAD de Gestão de Cooperativas.

Como é conciliar essa vida de estrada, família, casa e estudos?

Bem, 100% em tudo não se consegue.  Um dia estou mais dedicada ao trabalho, em época de provas preciso abrir mão de algum serviço e me dedicar ao estudo, outros dias dedico para a casa, ou vou ver a família… Ou seja, 100% em tudo todos os dias não tem como. Mas vai se dando um jeito daqui e da li. Eu aproveito as viagens quando estou parada esperando o carregamento para estudar, por exemplo, levo o notebook e coloco os trabalhos em dia.

Há respeito dentro da Cooperativa? Os homens te respeitam? Como é a relação?

Sim! Há muito respeito e muita ajuda.  No início, quando estava aprendendo a trabalhar e quando me viram empenhada com o caminhão, sempre me ajudaram.

No início alguns olhavam com dúvida…  “Não dou um mês e ela sai fora”, mas hoje sabem que a mulher realmente pode ocupar esse espaço majoritariamente masculino. Eu fui a primeira, depois conseguimos colocar mais duas mulheres como motoristas na Cooperativa, a Adriana e a Joice. Fico feliz em ter feito parte dessa evolução!

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