De maneira geral, o cooperativismo pode ser definido como um movimento de colaboração entre indivíduos que possuem interesses em comum. No entanto, muito mais do que um modelo de negócio, o cooperativismo também permite o desenvolvimento de outro modelo de sociabilidade, mais democrático, justo e solidário e que abranja diferentes estruturas organizacionais. Foi buscando entender esse pluralismo que surgiu o projeto de pesquisa “Mapeamento do cooperativismo no Brasil: evolução, modelos e perspectivas”, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (Cesa).
Coordenado pelo professor Luis Miguel Luzio dos Santos, do Departamento de Administração, o estudo origina-se de uma sequência de outras pesquisas no campo da economia solidária realizadas pelo docente. O projeto investiga as iniciativas do cooperativismo no Brasil, analisando suas estruturas organizacionais na contemporaneidade. “Começamos a verificar que o que a gente chama de ‘cooperativismo’, na realidade, são ‘cooperativismos’, um modelo organizacional com expressivas distinções em seu interior, um grande agrupamento de organizações com semelhanças, mas também divergências”, afirma.
Inicialmente, a pesquisa se aprofundou nos estudos sobre o contexto histórico da evolução do cooperativismo no Brasil e no mundo. A partir disso, o projeto passou a mapear e a distinguir os modelos de atuação do cooperativismo que existem no país. O levantamento foi feito a partir de dados secundários disponíveis em portais online e entrevistas diretas com cooperativas, que durante a pandemia foram realizadas no formato remoto. Segundo o professor, não há nenhum estudo parecido com esse no Brasil.